Formas de resistência na periferia: a experiência do Coletivo Macacos Vive no Rio de Janeiro

Maria Martins

O Coletivo Macacos Vive, formado por jovens do Morro dos Macacos, uma favela na zona norte do Rio de Janeiro, é uma iniciativa que exemplifica a resistência e a educação popular no sul global. Desde sua fundação em 2020, o coletivo utiliza mídias alternativas para desafiar as narrativas dominantes, que frequentemente estigmatizam as favelas como espaços de violência e criminalidade. Por meio de projetos sociais e culturais, o Macacos Vive ressignifica a imagem da comunidade, promovendo um espaço de expressão e empoderamento que historicamente foi negado aos seus moradores.

Nesta comunicação, serão discutidas as estratégias do coletivo para combater o racismo estrutural e a criminalização da pobreza, especialmente através da construção de contranarrativas que afirmam a dignidade e a identidade coletiva dos moradores. A análise será fundamentada em teorias sociológicas que abordam o papel da mídia alternativa como ferramenta de resistência contra as estruturas de poder. A apresentação busca refletir sobre como iniciativas como o Macacos Vive se inserem em um contexto mais amplo de práticas educativas e libertadoras, essenciais na construção de um mundo mais interconectado e justo.