A comunicação aborda a relação entre mobilidade urbana e a representação feminina na toponímia angolana, destacando a sub-representação de mulheres, especialmente as ligadas a partidos de oposição como a UPA/FNLA e a UNITA. A pesquisa revela que a toponímia reflete uma visão androcêntrica e alinhada ao poder dominante, marginalizando figuras femininas "importantes". A exclusão simbólica dessas mulheres na toponímia afeta a mobilidade urbana, influenciando a percepção e a utilização dos espaços públicos, além de impactar o sentimento de pertencimento e segurança das mulheres. A metodologia inclui análise qualitativa e quantitativa da toponímia, levantamento histórico, entrevistas e mapeamento crítico. Resultados preliminares mostram uma clara sub-representação feminina, especialmente das ligadas à oposição, o que contribui para a marginalização na memória coletiva e pode influenciar negativamente a mobilidade urbana e o sentimento de conexão e segurança das mulheres nos espaços públicos.
CAMINHOS INVISÍVEIS: MOBILIDADE URBANA E A EXCLUSÃO FEMININA NA TOPONÍMIA DE ANGOLA
Nsambu Baptista Vicente