No contexto histórico patriarcal brasileiro as mulheres negras encontram-se em situação de desigualdades racial e de gênero, fenômeno que podemos observar também no mercado de trabalho. No século XIX, segundo dados de lista nominativas de 1855 as mulheres trabalhavam em diversas áreas: costureira; engomadeira; ganho; negócio; quitandeira; criadas e ama de leite, executavam vários trabalhos em torno dos lares de pessoas mais abastadas. Está problemática fez parte de uma pesquisa de mestrado realizada na universidade de Feira de Santana pelo programa de pós graduação em História. A dissertação foi um estudo sobre a família negra, tendo como foco os arranjos familiares chefiados por mulheres de cor e de todas as condições jurídicas (escrava, liberta e livre) e a comunicação tem como objetivo apresentar dados históricos e demográficos do trabalho das mulheres negras no século XIX. Metodologicamente, a pesquisa se ampara na demografia história com o mapeamento e análise de dados das listas nominativas de 1855. Esses dados mostram as mulheres negras em atividades e ocupações relacionadas ao trabalho doméstico, nas áreas de cuidados e na informalidade.
Palavras chaves: Mulheres negras; desigualdade; gênero, raça; trabalho