A cooptação tem sido explorada como um pilar de sobrevivência do autoritarismo, servindo para os incumbentes se manterem no poder, ao mesmo tempo que esvaziam partidos de oposição de uma capacidade de mobilização. A presente comunicação analisará o papel e as consequências para os partidos de oposição que são cooptados para o executivo. A comunicação aborda partidos de oposição que elegem deputados e, também, partidos que, mesmo sem estarem presentes na legislatura, são chamados a compor o elenco governamental. A comunicação contribui, assim, para a literatura sobre elencos governamentais em África, sobre a composição de elites em contextos autoritários e para a literatura sobre as oportunidades que se abrem a partidos de oposição a partir do momento em que pertencem a coligações governamentais.
Co-optação e composição governamental em África: Que papel para os partidos de oposição
Ana Lúcia Sá