Selecciona el PANEL | 3. Huellas de un Archivo anticolonial africano en la Península Ibérica (1933-1975) |
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Autor/a | Kamila Krakowska Rodrigues |
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Título de la comunicación | Narrando Lisboa: traços afetivos de um arquivo afro-português |
Abstrac | As cidades não são apenas um palco estático para as interações sociais, mas acabam por ser continuidamente (re)produzidas a partir das condicionantes históricas, socioculturais, políticas e económicas em voga (Massey 1996). De facto, como argumenta Burgum, a cidade na sua arquitetura e infraestruturas torna-se um arquivo de “contested urban memories, denied histories, and (im)possibilities” (Burgum 2022, 512). No caso da capital portuguesa, a malha urbana encapsula, por um lado, traços da história da expansão ultramarina e do colonialismo, com o Padrão dos Descobrimentos como o símbolo de um passado supostamente glorioso, tornando a ausência até à data de monumentos públicos que testemunhem a violência e opressão do sistema colonial ainda mais marcante. Por outro lado, olhando fora dos marcos turísticos, Lisboa conta as histórias e as memórias da resistência ao colonialismo e à discriminação e racialização que persistem na sociedade portuguesa mesmo na altura das celebrações dos 50 anos da Revolução de 25 de abril. |