Selecciona el PANEL | 44. ÁFRICA Y DIÁSPORA EN EL SUR DEL ATLÁNTICO: ESCLAVITUD, EMANCIPACIÓN Y POST-ABOLICIÓN (SIGLOS XVII-XX) |
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Autor/a | Eugénia Rodrigues |
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Título de la comunicación | Em torno da escravidão e da liberdade no Moçambique colonial: contextos, práticas e limites |
Abstrac | Na colónia portuguesa de Moçambique, que se estendia por locais litorâneos e pelo vale do rio Zambeze na África Oriental, o trabalho dos escravizados era fundamental para sustentar a economia, assegurar o funcionamento doméstico e afirmar o estatuto social dos senhores, assim como para defender militarmente a ordem imperial face a resistências internas e ameaças dos poderes africanos vizinhos. A escravização de milhares de pessoas estava embebida em práticas locais de dependência e clientelismo, as quais sofreram novas configurações no contexto colonial. Formas mais europeizadas de escravização coexistiam com práticas africanas, consoante a capacidade de negociação dos escravizados e dos senhores, a qual variava ao longo do território sob domínio português. Antes da abolição da escravatura no império português, em 1869, a possibilidade de os escravizados mudarem o seu estatuto para livres dependia da sua capacidade de acordarem com os senhores a manumissão, um mecanismo admitido pelo regime normativo português. Enquanto essa foi uma prática adoptada em todas as colónias portugueses, e em geral nos impérios europeus, em Moçambique, a manumissão teve uma expressão limitada. |