Selecciona el PANEL18. La educación en un mundo interconectado: experiencias de liberación en el Sur global
Autor/aCamila Andrade
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Título de la comunicaciónNuestro Norte es el Sur: Decolonizando as Relações Internacionais a partir de perspectivas afrodiaspóricas
Abstrac

O objetivo deste artigo é repensar as práticas de pesquisa, extensão e de sala de aula nas Relações Internacionais (RI) no Brasil para traçar aspectos relevantes de desenvolvimento de atividades pedagógicas em um campo que é, essencialmente, eurocentrado. Reconhecendo a decolonialidade do saber, percebe-se a importância de se pensar práticas decolonizadoras a partir da agência individual e coletiva, questionando: 1) quais são os livros que você tem lido? São majoritariamente escritos por homens, mulheres ou outros gêneros?; 2) Qual é a etnia/raça dessas pessoas que você tem lido? 3) De qual local geográfico e/ou geopolítico essas pessoas estão situadas? Ou seja, começar a se pensar em categorias de análise para além das ditas pelo 'mainstream' possibilita uma abertura para as diferentes formas de se produzir conhecimento. Diante disso, busca-se responder a seguinte pergunta: como desenvolver práticas de decolonização nas RI no Brasil a partir do uso de perspectivas afrodiaspóricas? Com o uso do método qualitativo, trago relatos pessoais considerando as categorias de análise de gênero, raça e classe social - as quais marcam a minha vivência como professora, educadora e pesquisadora -, para me situar como intelectual ativista no campo das RI. A partir das experiências como uma 'outsider within', trarei algumas reflexões sobre como venho desenvolvendo o uso e a aplicabilidade de referências afrodiaspóricas como Aimé Césaire, Frantz Fanon, Lélia Gonzalez, Patrícia Hill Collins e outros (as) autores(as) no processo de decolonização da área e do meu processo individual. Para isso, o artigo contará com três seções: uma primeira seção teórica, apresentando aspectos sobre a Decolonialidade e Estudos Críticos; uma segunda seção teórica-prática, a partir da minha experiência antes da introdução de referências afrodiaspóricas; e uma terceira seção também teórica-prática, com as alternativas desde o Sul Global para a decolonização das RI, aplicando os referenciais afrodiaspóricos.