Selecciona el PANEL18. La educación en un mundo interconectado: experiencias de liberación en el Sur global
Autor/aBruna Souza Ribeiro
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Segundo autorElisabete Figueroa dos Santos
Título de la comunicaciónO antirracismo conivente nas escolas brasileiras estaduais paulistas
Abstrac

O presente trabalho integra a pesquisa de doutorado: "Marcadores Sociais da diferença de raça, gênero e classe, na prática docente", realizada na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Objetiva debater como a não abrangência de outras epistemes no espaço escolar pode contribuir para promoção do “antirracismo conivente” nas escolas estaduais paulistas. Primeiramente, foi produzida a análise dos Projetos Políticos Pedagógicos dos municípios de Sumaré e Hortolândia, municípios condensadores da população negra na Região Metropolitana de Campinas e, a posteriori foram realizadas as gravações e transcrições de entrevistas com as.os.es docentes destes estabelecimentos. Consideramos que as Trilhas Antirracistas, percurso formativo implantado pelo governo do Estado de São Paulo para combater o racismo no ambiente escolar, tem como uma de suas resultantes o aumento das denúncias de discriminação nas escolas, demonstrando-se, portanto, insuficientes no debate da questão racial. Recorremos às “afroperspectivas” pela necessidade de inserirmos outros aportes teóricos e epistemológicos para provermos conhecimentos múltiplos, que abarquem as diversas especificidades da escola, pois, a não mobilização efetiva de currículos e práticas conduz à continuidade de estruturas opressoras, esvaziadas da sua realidade étnico-racial, cultural e simbólica, perpetuando epistemicídios e a reconstrução de identidades históricas hierarquizadas no processo colonizador. As escolas públicas no Estado de São Paulo, são majoritariamente ocupadas por estudantes negres. E a negação dessa realidade está na não inserção de temáticas obrigatórias, em todas as disciplinas, que pautem saberes afro-pindorâmicos nas escolas, tal como a afroperspectiva nos apresenta. O antirracismo tem efeito limitado nos estabelecimentos escolares: não mobiliza as estruturas educacionais, não propõe práticas educadoras construtoras de subjetividades e identidades negras, opera em um “antirracismo conivente” e, não propõe a revisão do histórico “lugar do negro” nas unidades de ensino, resultando no aumento das denúncias de discriminação nas escolas, bem como no aumento do abandono escolar entre negros.