Selecciona el PANEL45. A Diáspora Africana e Suas Margens: ancestralidade, cultura e religiosidade no Brasil
Autor/aBeatriz Santos Pontes
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Título de la comunicaciónECOS DECOLONIAIS: CONECTANDO (RE) EXISTÊNCIAS
Abstrac

O presente estudo é um convite a adentrar nas epistemologias afrodiaspóricas
trazendo à tona suas narrativas, memórias e ancestralidades. Cada percurso realizado
evidencia o quanto as várias direções e o espaço temporal se intercruzam e contam a
história das comunidades ‘remanescentes ‘de quilombos e suas resistências frente a
um território em que a cultura do branqueamento insiste em invisibilizá-los. São traços
da presença negra, desde o período escravocrata., traduzidas nas formações culturais
e societais onde foram produzidas e que expressam as resistências negras, que
forçosamente tiveram que edificar novas ‘áfricas’ ao redor do mundo. Os fluxos
migratórios escravistas que perduraram 3 séculos, intensificaram-se em Portugal
espraiando-se para suas colônias, como o Brasil. Assim sendo o presente estudo, de
cunho cartográfico, busca referenciar as heranças de um passado que continua vivo e
se perpetua como importante aporte de significação e de preservação da identidade
negra, mesmo com séculos de violações sofridas. Esses patrimônios culturais são
marcados pelas formações das comunidades quilombolas, que hoje são chamadas de
‘remanescentes’ e preservam as tradições ancestrais passadas de geração a geração;
tais territorialidades guardam consigo memórias e simbologias, sendo aportes
importantes na compreensão dos dispositivos de silenciamentos que foram e
continuam sendo usados como forma de destituir as comunidades negras de qualquer
forma de humanização e de apagamento de sua História. Assim sendo, através de uma
cartografização de comunidades ‘remanescentes’ de quilombos no Geoparque Quarta
Colônia, Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), território este suplantado pela cultura do
branqueamento, e dos patrimônios culturais portugueses, intenciona-se evidenciar
memórias e histórias de (re) existências, traços estes reificados no decorrer dos tempos.