Selecciona el PANEL10. Las Luchas por los Derechos Queer en África: Examinando el Papel del Derecho y la Política en la Configuración de los Discursos LGBTQ+ en África
Autor/aTiago Elídio
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Título de la comunicaciónA homossexualidade em alguns romances africanos contemporâneos: a literatura como testemunho e possibilidade de existência e resistência
Abstrac

Esta comunicação pretende examinar a representação da homossexualidade em alguns romances africanos contemporâneos, focando em como a literatura pode refletir e questionar as complexidades dos direitos dos homossexuais no continente africano. A análise se apoia nas teorias queer e do testemunho, além de perspectivas pós-coloniais, para explorar como essas narrativas literárias desestabilizam as normas heteronormativas e oferecem um espaço para existência e resistência.

Através de um estudo comparativo de três obras literárias, "Under the Udala Trees" de Chinelo Okparanta, "The Hairdresser of Harare" de Tendai Huchu e "The Quiet Violence of Dreams" de K. Sello Duiker, provenientes respectivamente da Nigéria, Zimbábue e África do Sul, esta análise busca explorar as diferentes perspectivas e desafios enfrentados por personagens homossexuais em contextos onde as leis e a sociedade variam de relativa liberdade à severa repressão.

Cada romance oferece uma visão única das lutas e resistências dos homossexuais nestes países da África, utilizando narrativas em primeira pessoa para criar uma maior intimidade e empatia entre o público leitor e os personagens. Além disso, estes textos literários testemunham, de maneira segura e ficcional, as realidades de um grupo ainda muito silenciado e perseguido, contribuindo para um entendimento mais profundo das questões enfrentadas por essas pessoas no continente africano.

Assim, este trabalho visa contribuir para a discussão sobre como a literatura contemporânea pode ser um espaço vital para a expressão de identidades marginalizadas, servindo não apenas como uma forma de existência e resistência, mas também por seu teor testemunhal, como uma forma de documentar e compartilhar experiências que muitas vezes são ocultadas ou distorcidas em discursos predominantes.