Selecciona el PANEL | 44. ÁFRICA Y DIÁSPORA EN EL SUR DEL ATLÁNTICO: ESCLAVITUD, EMANCIPACIÓN Y POST-ABOLICIÓN (SIGLOS XVII-XX) |
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Autor/a | Filipe Matheus Marinho de Melo |
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Título de la comunicación | Entre traficantes e traficados, o Recife: o tráfico de escravizados para Pernambuco (c.1790-c.1822) |
Abstrac | Na virada para o século XIX, a América portuguesa (Brasil) experimentou um boom econômico que possibilitou a reinserção das capitanias do Norte na economia atlântica, estimulando ainda mais o tráfico de escravizados africanos. A saída da ilha de São Domingos (Haiti) do circuito econômico, a Revolução de 1789 na França, o processo de organização das Treze Colônias, após sua independência, e as invenções Industriais na Inglaterra inauguraram uma fase de prosperidade sentida em diferentes ramos do comércio português, reequilibrando as balanças de comércio do império. A vinda da família real para o Rio de Janeiro fomentou ainda mais o processo em curso com a abertura dos portos, malgrado o mal-estar causado pelos Tratados anglo-portugueses de 1810 e 1815, no que tange o comércio de escravizados. Disso resultou uma série de mudanças e adaptações no funcionamento do tráfico. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar o caso de Pernambuco, enfatizando o funcionamento de seu tráfico e os locais de obtenção de africanos escravizados. Se por um lado, busco demostrar como o comércio para Pernambuco era realizado antes da chegada da Corte de d. João VI no Rio de Janeiro, por outro, demostro como, apesar das proibições de tráfico impostas pelos Tratados de 1810 e 1815, o comércio negreiro buscou diversificar os locais de compra de escravizados, fugindo de enclaves vigiados pela marinha inglesa e da concorrência com outras praças, como Bahia e Rio de Janeiro. Além disso, demostro como esta diversificação implicou no resultado da diáspora africana no Recife. Ou seja, como a diversificação dos locais de compra possibilitou uma diversificação das nações de africanos no Recife, antes muito circunscrita aos tradicionais “mina” e “angola”. Termos como “moçambique”, “cabinda”, “molembo”, “gabão”, “calabar”, dentre outros, podem ser observados com maior incidência nas fontes eclesiásticas a partir dos anos de 1810. |