Un coup d’Etat militaire pas comme les autres

Les pays du Sahel ont rénoué avec la démocratie en faveur de la chute du mur de Berlin qui annonce l’ère du triomphe de la démocratie dans sa forme libérale pluraliste. Celle-ci a connu des temps glorieux en devenant à l’échelle mondiale le régime adopté par plus de deux tiers des Etats. Cela est lié d’une part, aux idéaux d’égalité et de liberté qu’elle prône et d’autre part à la réputation mondiale qu’elle s’est forgée et qui lui aurait accordé une certaine universalité. Ainsi, la vague de démocratisation qui a touché l’Afrique des années 1990, n’avait pas épargné le Niger, longtemps sous un long régime militaire et à parti unique qui avait mis fin au régime de la deuxième république, lui-même à parti unique, issu de la période des indépendances. Ainsi, le rétablissement de la démocratie rimait avec libéralismes politique et économique et la mise en place d’institutions démocratiques par l’organisation des élections.
Cependant, l’espoir suscité un tel type de régime, auprès des citoyens nigériens s’est très volatilisé en raison des interruptions fréquentes de la démocratie par des coups d’Etat qui se sont échelonnés par intervalles réguliers. Depuis lors, l’instabilité politique a sévèrement affaibli l’Etat et fragilisé le tissu social et économique.

El Nuevo Modo de Guerra Global Colonial: Una Mirada Anti-Colonial Desde África

La presente comunicación analiza la cuestión de la relación entre la violencia colonial y la postcolonial desde el punto de vista del uso y gestión de la guerra que se han hecho en esos momentos históricos, es decir, desde el Modo de Guerra que ha movido el despliegue de medios y transformaciones sociales hacia la preparación y consecución de la guerra. En ambos periodos históricos la guerra ha configurado el sistema internacional, ha proyectado y centralizado los estados para la movilización de medios, personas e industria y ha desarrollado y fortalecido los pilares que han sostenido la matriz colonialidad-modernidad, incluyendo el capitalismo, el racismo, el patriarcado y el militarismo. No obstante, y, en base a la sociología del militarismo y de la guerra, se argumenta que, a pesar de las continuidades observadas, está surgiendo un Nuevo Modo de Guerra Global Colonial con importantes diferencias. Entre ellas se encuentran la descentralización y arrebatamiento del monopolio del uso de la fuerza, por países del Sur, y particularmente africanos, así como un incremento del uso ofensivo de la guerra por parte de estos, la distribución de los medios de violencia hacia actores corporativos, así como el aumento de la vigilancia y la disuasión de las amenazas de la sociedad. Implícito en este análisis es la conclusión de que la guerra, y no la ambición de pacificar, civilizar o dotar de herramientas de modernización, ha definido en último término las relaciones entre África y Occidente, prefigurando un contexto de violencia en el desarrollo de las economías, sistemas políticos y jurídicos en África. Esto se examina con una vista general del continente africano, pero más profundamente con los casos de Mali, República Centroafricana y la República Democrática del Congo.

Le loisir et le sport des jeunes maliens dans un contexte de crise sécuritaire : actions des acteurs institutionnels, communautaires et individuels

La jeunesse s’adonne constamment à pratique du sport et des activités de loisir, en ville comme en milieu rural. Ces activités sont quelques fois encadrées par des institutions publiques, communautaires; elles se font également dans des cadres initiés par eux-mêmes. En milieu traditionnel, les jeux de divertissement et socioéducatifs sont des moyens d’épanouissement des jeunes. Parmi les nombreux jeux, les disciplines sportives introduites par la colonisation font partie du répertoire de jeux. Les loisirs des jeunes ont été fortement influencés par les schémas culturels véhiculés dans un premier temps par la radio, le cinéma et ensuite par la télévision. Les loisirs et les activités extrascolaires sont essentiels dans la prise en charge efficiente des jeunes, surtout ceux qui sont issus des milieux défavorisés et ruraux. Les manifestations de loisir sont nombreuses. Ces festivals visent à offrir des moments de loisir. Les activités sont presque identiques : musique, danse, cérémonies rituelles, conférences-débats, expositions d’arts.
La crise a provoqué l’arrêt de plusieurs activités de loisir dans les villages et les quartiers, où les jeunes organisent des jeux de cartes (belote), des danses populaires (Balani sow), des rencontres de football pour se divertir. Avec l’insécurité grandissante, dans les villages et les villes moyennes, les activités de loisir sont aux arrêts par craintes d’attaques terroristes. Même les cérémonies de mariage et de baptême sont réduites au strict minimum.
Les rencontres de football entrainent de nombreux spectateurs, que se soit des compétitions officielles ou d’amateurs. La jeunesse trouve se fait loisir en regardant les matches ou en jouant. Le baskeball aussi est aimé par une partie de la jeunesse qui la pratique allègrement.

A corporeidade de Luanda em Essa Dama Bate Bué!

Em Essa Dama Bate Bué! (2018), de Yara Nakahanda Monteiro, Luanda é apresentada a partir da perspetiva da protagonista e narradora principal, Vitória, e, por alguns momentos, do ponto de vista de outros personagens, pela maioria mulheres. Vitória, nascida em Angola mas crescida em Portugal, decide regressar ao seu país natal para procurar a sua mãe Rosa, uma ex-combatente da luta armada. Ao conhecer Luanda e os seus habitantes, Vitória encontra uma cidade viva, repleta de sons e barulhos porém caótica e contraditória. A Luanda retratada no romance é o fruto do pós-guerra civil, uma cidade ainda marcada pela desigualdade social, um lugar no qual a população, em particular as mulheres e, sobretudo, as mulheres das classes sociais mais pobres, continuam a sofrer. Distâncias e múltiplas barreiras separam diferentes áreas da cidade e as pessoas que nelas habitam, enquanto sons, barulhos e vozes propagam-se pelo espaço urbano, ultrapassando barreiras físicas, rompendo silêncios e até impedindo o descanso. Ora, a narração do romance resulta fortemente marcada pelo espaço de Luanda, que longe de ser um mero pano de fundo, uma ambientação, participa da atividade barulhenta da narração. Corporizada no texto narrativo como uma outra personagem, a cidade junta-se à interação caótica dos seus habitantes. Partindo da abordagem teórica das Materialidades da Literatura, com um foco sobre a relação entre espaço urbano e texto narrativo, esta comunicação visa analisar a forma como o romance Essa Dama Bate Bué! materializa Luanda enquanto outra personagem, um corpo textual que participa da ficção narrativa.

Projetos de Educação Acelerada em Cabo Delgado: a perspetiva das raparigas

Desde 2017, o conflito militar vigente em Cabo Delgado tem-se intensificado em termos de violência (Rosco & Maquenzi, s/d). Além deste, a pandemia e os desastres naturais (UN-Habitat, 2021) têm contribuído para elevar o número de deslocados internos e de crianças fora da escola. Nesta província, cerca de 55% da população entre os 5 e os 17 anos nunca frequentou a escola, e a taxa de analfabetismo entre os 15 ou mais anos é de 52,4% (UNICEF, 2022). Estas crianças, que nunca frequentaram a escola ou que interromperam a sua frequência abruptamente, têm uma dificuldade acrescida em serem reintegradas no ensino formal. A Educação Acelerada corresponde a um programa flexível e apropriado à idade, que oferece acesso à educação a crianças e jovens fora da escola (INEE, 2024), contribuindo para o ODS 4, ao garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, com ênfase na meta 4.1 “até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completam o ensino primário e secundário, que deve ser de acesso livre, equitativo e de qualidade, conduzindo a resultados de aprendizagem relevantes e eficazes”. Com a recolha de dados em curso, por meio de um estudo de caso de três Projetos de Educação Acelerada em Cabo Delgada, pretendemos analisar as motivações das raparigas para frequentarem os programas, bem como os obstáculos ao acesso e à permanência nos mesmos. É também nossa intenção averiguar de que forma os projetos dão resposta às necessidades específicas das raparigas.