Actitudes lingüísticas de los santotomenses e identidad
Salvador G. Benítez Rodríguez
Universidad de Las Palmas de Gran Canaria
salvador.benitez@ulpgc.es
Resumen: En el marco de las actitudes lingüísticas en la lusofonía, nos centramos en el estudio de las actitudes lingüísticas de los santotomenses para lo cual diseñamos un cuestionario que contempla las variables sociolingüísticas de edad, sexo, procedencia, profesión, lugar de residencia y tipo, y que se llevó a cabo con una muestra de más de una centena de informantes a través de entrevistas durante las que se les requería conocer sus niveles competenciales en lenguas, sus contextos de uso (música, redes sociales, entorno espiritual, formativo, laboral, social, íntimo y doméstico) y sus valoraciones en cuanto a las lenguas y a las actitudes de los usuarios. Los resultados reflejan una realidad que debe ser la base para el diseño de políticas lingüísticas que tengan como objetivo el fortalecimiento de las autoestimas lingüísticas en la búsqueda de una identidad santotomense decolonial.
Abstract:
Within the framework of linguistic attitudes in Lusophony, we focus on the study of the linguistic attitudes of Santo Tomeans, for which we designed a questionnaire that includes the sociolinguistic variables of age, sex, origin, profession, place of residence and type, and which was carried out with a sample of more than a hundred informants through interviews during which they were required to know their levels of competence in languages, their contexts of use (music, social networks, spiritual environment, training, work, social , intimate and domestic) and their evaluations regarding the languages and attitudes of the users. The results reflect a reality that must be the basis for the design of linguistic policies that aim to strengthen linguistic self-esteem in the search for a decolonial Sao Tomean identity.
As políticas de saúde de agentes internacionais nos países em desenvolvimento desempenham um papel crucial na implementação de estratégias de imunização. Nos países de baixa renda, a presença da UNICEF e da GAVI tem permitido atingir elevadas taxas de vacinação e reduzir drasticamente a mortalidade infantil. Contudo, levantam-se problemas diversos à introdução de planos de vacinação universal. Em primeiro lugar, a garantia de financiamento continuado e de estratégias de apropriação. Depois, as estratégias de divulgação e acesso às populações. Finalmente, a aceitação pela população-alvo da bondade do processo. Esta comunicação analisa estes três níveis de implementação em dois países em desenvolvimento com realidades muito diferenciadas, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Levanta a questão da estratégias nacionais de aceitação dos planos de imunização e de aproximação às populações, e a sua integração em planos nacionais e internacionais. Em particular, debruça-se sobre as diferenças baseadas no género no acesso à vacinação. Baseia-se num estudo de terreno realizado em ambos os países em 2024, incluindo um inquérito alargado, grupos focais e entrevistas a atores-chave.
Entre decisões individuais e/ou coletivas, o ato de partir para o estrangeiro em busca de uma formação superior é sempre um movimento corajoso. Esses/as estudantes trazem consigo, não apenas suas bagagens, mas também motivações, desejos, sonhos e expetativas. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo principal apresentar os resultados da minha tese de Mestrado intitulado "Fidjus di Tchon na Terra di Djintis: As experiências de integração social e académica de estudantes Bissau-guineenses do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas". Guiné-Bissau é um país da África Ocidental que proclamou sua independência em24 de setembro de 1973. No entanto, com quase meio século, o país ainda apresenta sérios problemas na área da educação, em particular no Ensino Superior, motivando assim, de certo modo, o deslocamento de estudantes Bissau-guineenses para o estrangeiro em busca
de formação superior, no caso particular, para Portugal. Notou-se, portanto, ao decorrer da pesquisa, que a presença dos/as estudantes Bissau-guineenses no ISCSP-ULisboa está relacionada com dois fatores: fatores de pressão e atração. Quanto aos fatores de pressão, destaca-se a instabilidade política do país e a precaridade do ensino superior. Quanto aos fatores de atração, destaca-se a qualidade do ensino e do corpo docente em Portugal, oportunidades profissionais, facilidade linguitica e entre outros. No que diz respeito às opções metodológicas, utilizou-se o estudo de caso, haja vista que a pesquisa trata de um grupo específico que são os/as estudantes Bissauguineenses dos cursos de Licenciaturas do ISCSP. Para a recolha de dados, utilizou-se a pesquisa e análise bibliográfica e documental, aplicação de inquéritos por questionário e de entrevistas semiestruturadas, ambos realizados via online. A partir dos dados colhidos, adotámos a análise de conteúdo, permitindo assim
trazer várias análises sobre as experiências de integração social e académica de estudantes
Bissau-guineenses do ISCSP.
No cerne do antropocentrismo moderno encontra-se o paradigma que assume a posição do ser humano como, nas palavras de Descartes, mestre e dono da natureza. Esse paradigma, que se verificou tanto como a raiz do paradigma da modernidade quanto o motor da expansão capitalista e industrial permitiu com que o homem explorasse e dominasse a natureza e os seus recursos até esta se encontrar hoje numa situação de colapso. No entanto, a convicção de que humano seja a única entidade possuidora de agência tem sido recentemente desafiada por várias correntes teóricas no âmbito de ciências sociais e humanas. Entre eles destaca-se a orientada pelos novos materialismos ecocrítica da matéria (Iovino, Opperman, 2014) sendo a sua ideia central a distribuição de agência que se manifesta como uma rede de iterações entre elementos humanos e não humanos, animados e não animados. O foco na rede de agências igualitárias orienta também outras propostas teóricas como a teoria de coletivos de Bruno Latour (1999) ou transcorporealidade de Stacy Alaimo (2010).
Partindo dessas premissas teóricas, na presente apresentação propõe-se uma leitura comparativa das obras do autor moçambicano, João Paulo Borges Coelho e do autor somali Nuruddin Farah. Pretende-se observar como estes autores, ao descreverem as crises contemporâneas, sejam elas, ambientais, militares ou humanitárias, apoiam-se na construção das redes de interações entre os elementos humanos e não humanos. Argumenta-se que essa distribuição da agência promove a mudança de paradigma de pensamento destacando a necessidade de descentralização da posição humana dentro da natureza como um ato fundamental para os movimentos ambientalistas.
A Guiné-Bissau, país da África Ocidental, tornou-se independente, em 1973, após uma luta de libertação nacional contra o colonialismo português, que durou quase 11 anos, protagonizada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) liderado por Amílcar Cabral. Após a independência foi instaurado o regime autoritário de partido único, que vigorou até à data da abertura política e implantação do regime democrático com o multipartidarismo, em 1991. É neste contexto, que surgiram muitos partidos políticos legalmente constituídos tirando hegemonia política ao PAIGC, e, em 1994 realizaram-se as primeiras eleições legislativas e presidenciais simultâneas livres e democráticas. Foram eleitos o Presidente da República, por um mandato de 5 anos e os deputados da Assembleia Nacional Popular maioritariamente do PAIGC, por um mandato de 4 anos e formado o Governo. Antes de terminar o mandato dos órgãos eleitos, a Guiné-Bissau viveu um conflito político-militar entre 1998-1999, que opôs as Forças Armadas Revolucionárias do Povo ao então Presidente da República eleito, João Bernardo Vieira (Nino Vieira) e o seu Governo, que terminou com a derrota dos órgãos do poder. A esta parte, seguiram-se outras alterações da ordem constitucional ora perpetradas por políticos, ora por golpes de Estado militares. Paralelamente, foi crescendo o número de partidos políticos que já são mais de três dezenas, ao longo dos 33 anos de experiência democrática na Guiné-Bissau.
Numa abordagem interdisciplinar com cruzamento das áreas disciplinares da ciência política, direito e sociologia, sobre esta temática farei uma análise qualitativa para melhor compreender as causas da instabilidade, o retrocesso democrático e o papel dos partidos políticos, em particular, os da oposição.
Palavras-chave: Guiné-Bissau, democracia, instabilidade política, partidos políticos