a- Titre : De la justice militaire coloniale à la justice militaire ivoirienne 1857-1974 : dynamiques de judiciarisation et défis pour une justice militaire ivoirienne indépendante
b-Communication
Cette communication analyse la logique qui gouverne le passage de la justice militaire coloniale à la justice militaire ivoirienne de 1857 à 1974 ainsi que l’évolution des différentes procédures de judiciarisation des délits et crimes. S’appuyant sur ces ressorts du passé, notre étude pose un examen en profondeur de la justice militaire ivoirienne à l’orée de ce XXIème siècle. Pour ce faire, elle se fonde sur les décryptages d’une bibliographie et des sources d’archives collectées au Service Historique de la Défense à Paris (Vincennes). La question fondamentale est de savoir pourquoi et comment est-on passé d’une justice militaire coloniale à une justice militaire nationale ivoirien ?
Par ailleurs, quels sont les défis de la justice militaire de la Côte d’Ivoire, dans sa marche vers une juridiction conforme aux standards internationaux de justice impartiale, indépendante et surtout « démilitarisée » ?
Pour répondre à cette problématique, notre analyse s’articule autour de trois axes, suivant une démarche diachronique. Les fondements de l’âge ancien de la justice militaire en Côte d’Ivoire, notamment celle basée sur le Code de procédure militaire de 1857 et le Code de 1928 constituent le premier axe. Quant à la seconde articulation, elle décrypte l’évolution des cadres de judiciarisation des délits et crimes perpétrés par les militaires par les Conseils de guerres aux armées en Côte d’Ivoire. Le dernier axe cible la justice militaire postcoloniale, à travers la période de flottement entre 1960 et 1974 et le modèle de justice militaire en cours, sur la base du Code de procédure militaire de 1974 et des référents juridiques actualisés.
c- Université Alassane Ouattara (Côte d'Ivoire)
email: shacool1976@gmail.com
A partir del Tratado de Roma, la renovación o reformulación de convenciones, pactos y acuerdos que regulan las relaciones entre Europa y África no ha cesado. En 2024 se ha renovado el marco jurídico que funciona como base reguladora de las relaciones entre la Unión Europea (UE) y sus Estados Miembro (EM), por un lado, y la Organización de Estados de África, Caribe y Pacífico (OEACP), por otro.
Poner atención al recorrido histórico de estos acuerdos nos proporciona información sobre qué concepciones se manejan de sociedad, economía, seguridad, cooperación… y sus transformaciones en el tiempo. Términos como gobernanza, multilaterismo, gestión integrada… su uso y significados nos muestran cómo se está construyendo hoy el orden global, las relaciones geopolíticas actuales.
Asimismo, acercarnos a la elaboración de estos marcos permite señalar qué poderes los posibilitaron y posibilitan; concretamente, el Acuerdo de Samoa evidencia la continuidad del repertorio de poder neocolonial europeo aplicado en territorio africano, y no exclusivamente africano.
Por último, estos marcos contribuyen a mantener, reproducir y/o construir realidad social, de formas que van más allá de los objetivos autoproclamados; y en este sentido, pretendo señalar cómo opera la lógica del racismo en la aplicación de estos marcos, concretamente en materia migratoria. Esto es prioriario por la sistemática vulneración de derechos y la deshumanización de cierta población migrante; que es "justificada" de modos diversos y variopintos.
Mi propuesta consiste en un acercamiento histórico a los acuerdos internacionales que regulan las relaciones entre Europa y África, poniendo el foco en el recién aprobado Acuerdo de Samoa, analizando su lógica interna y profundizando, en concreto, en la regulación en materia migratoria.
O Estado cabo-verdiano, após a independência em 1975, estabeleceu duas grandes ambições ao nível da justiça: 1. Integrar os “usos e costumes jurídicos nacionais” na constituição do novo direito estatal; 2. Alargar a “participação popular” a todas esferas da justiça. Esta comunicação centra-se na análise da primeira ambição, em que o propósito do Estado cabo-verdiano, tal como dos outros países africanos de língua oficial portuguesa, foi o de criar um “Direito Novo” que integrasse tanto o direito revolucionário e o direito colonial herdado, como os usos e costumes jurídicos ancestrais (direito tradicional), configurando no horizonte a emergência de uma “mestiçagem” jurídica emancipadora no país.
Os acontecimentos subsequentes levaram à não inclusão dos supracitados usos e costumes sob o falso motivo da não existência no país do direito tradicional comparativamente a outros países africanos. Isso conduz não só ao insucesso da referida ambição como ao aparecimento momentâneo de uma mestiçagem jurídica hegemónica e excludente constituída pelo direito colonial e o direito revolucionário.
No entanto, dado que o direito colonial desencadeou, a seguir à independência, uma contra-revolução que teve como protagonista a classe jurídica (magistrados, advogados e juristas) procedente do período colonial, ela acabou por relegar o direito revolucionário para as orlas do sistema jurídico estatal, representado apenas pelos Tribunais Populares (apelidados oficialmente de Tribunais de Zona (TZs), configurando, efetivamente, um pluralismo jurídico estatal que vigorou até 1992 com o advento do multipartidarismo e da nova constituição que consagram a extinção da justiça popular e o monismo jurídico estatal.
A instalação de câmeras de videovigilância nos espaços públicos, um fenômeno verificado globalmente há pelo menos quatro décadas (Lyon, 2022), tem se ampliado no continente africano no período mais recente. Tomando como análise os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop), três – Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe – aprovaram legislações para regular o uso desses sistemas, apenas na última década.
Em Angola, a Lei nº 2/2020, permite a captação, gravação e tratamento de imagem e som, e menciona que a videovigilância “contribui na segurança pública, pois auxilia as forças policiais e outras, responsáveis pela defesa, segurança e ordem interna do país”.
Em Cabo Verde, a Lei nº 86/VIII/2015, determina que a videovigilância tem a “finalidade de assegurar a proteção de pessoas e bens, a segurança e ordem públicas, prevenir a prática de crimes e auxiliar a investigação criminal”.
Já em São Tomé e Príncipe, a Deliberação 09/2018, estabelece “a recolha e o tratamento de imagens e de sons captados em tempo real por sistemas de vídeo e de fotografia, em circuito fechado, através de câmaras fixas ou através de qualquer outro sistema ou meio técnico análogo”.
Seja pelo desenvolvimento tecnológico e uso intensivo nos espaços públicos, que confirmam aquilo que Lyon (2018) chamou de “cultura da vigilância”, seja pela importação de tecnologias fornecidas pelo Norte Global, na direção do que Faustino e Lippold (2023) ressaltam sobre “colonialismo digital”, ou ainda pelos “altos custos em termos de direitos humanos” (Roberts et al., 2023), revela-se importante a produção de estudos que evidenciem as implicações da tecnovigilância no continente africano.
Neste sentido, o presente trabalho, aqui apresentado em resumo, busca contribuir com essas reflexões, tecendo apontamentos preliminares sobre o estado da arte da tecnovigilância dos espaços públicos em três países africanos de língua oficial portuguesa.
Située à 30 km de la frontière ivoiro-burkinabé et 84 km de la frontière ivoiro-malienne, Ouangolodougou est, de par sa position géographique, une ville marchande et à trois frontières. Dans cette ville, différents agents animent les échanges commerciaux transfrontaliers parmi lesquels figurent les femmes. Activité économique traditionnellement réservée aux hommes en Afrique, le commerce est de plus en plus contrôlé par les femmes qui jadis, étaient réduites aux tâches ménagères au foyer. Longtemps considérée comme des actrices de l’ombre dont le rôle au sein des réseaux marchands n’était pas véritablement perceptible, la femme communément Dioulamoussou, ont réussi à mettre en place un type de commerce transfrontalier appelé le logordougou. L’objectif de cette contribution est d’analyser la manière dont le logordougou contribue à l’émancipation féminine tout en interrogeant la dynamique transfrontalière de ce commerce, ainsi que le rôle du facteur « genre » dans l’économie marchande à l’intersection des trois frontières. Le recueil des données se base, outre les données bibliographiques et des archives personnelles, sur l’observation et l’entretien réalisés auprès des différents acteurs qui animent ce commerce. Les résultats indiquent que le logordougou est un commerce pratiqué généralement par les femmes et dans lequel, celles-ci sont elles-mêmes colporteuses, tout en travaillant le plus souvent à leur propre compte. Débuté dans un cadre informel, ce commerce devenu formel, est considéré comme de l’entrepreneurial féminin qui permet à la femme africaine de réduire les inégalités d’accès à certaines activités et s’affirmer dans une société réputée phallocrate.
Mots clés : Acteurs, Économie, Logordougou, Féminin, Marchande, Ouangolodougou.