En el marco del proyecto "Transición digital, cohesión social e igualdad de género: bancas móviles y empoderamiento femenino digital en África" (DIGITALFEM), este comunicado reflexiona sobre la digitalización financiera desde una perspectiva africanizante, destacando la necesidad de descolonizar las tecnologías y adaptarlas a las realidades locales de Guinea-Bisáu y Tanzania. Se presentan ejemplos de ambos países como el de las Vicoba, grupos comunitarios de ahorro en Tanzania que están siendo digitalizados, jugando un papel esencial en la inclusión financiera y el empoderamiento económico de las mujeres emprendedoras del sector agroalimentario.
A través de una metodología cualitativa basada en entrevistas a mujeres empresarias y actores clave de gobierno y organismos internacionales, complementada con observaciones y análisis de fuentes secundarias, este estudio analiza cómo las mujeres en Guinea-Bissau y Tanzania están utilizando tecnologías móviles no solo para comunicación, sino también para promover prácticas de ahorro comunitario y acceso a créditos, permitiendo aliviar la pobreza presente en esta población (Huyer y Sikoska, 2003). A pesar de los beneficios que estas tecnologías traen para el alivio de la pobreza, también emergen desafíos importantes, como la desconfianza en las plataformas digitales y la persistente brecha de género en el acceso a teléfonos móviles y servicios financieros.
El comunicado explora, además, el impacto de las plataformas digitales occidentales en la soberanía tecnológica de África Subsahariana, destacando la importancia de marcos regulatorios y políticas públicas inclusivas que promuevan la autonomía y protejan los datos personales de las mujeres. Finalmente, se subraya la importancia de un enfoque crítico y contextualizado en la implementación de tecnologías digitales, asegurando que estas sean apropiadas, technology-in-action en palabras de Twagira (2020), y efectivamente aprovechadas para empoderar a las mujeres en África subsahariana, reduciendo brechas económicas y de género.
Una de las prioridades de varios gobiernos de los países subsaharianas es conquistar la igualdad de género, promover y otorgar los mismos derechos y oportunidades a los hombres y a las mujeres en todas las áreas de sus sociedades; no obstante, destacamos aún en sus sociedades la persistencia de los patrones socioculturales inconciliable y totalmente antagónicos al planteamiento del concepto de la igualdad de género. Las normas y valores culturales no fueron realmente revisados y discutidos a fondo con los jefes tradicionales de cada país de África subsahariana ante el lanzamiento de la política de la igualdad de género. Este concepto amaneció con las mujeres del occidente cuyas condiciones y realidades de vidas no fueron exactamente iguales que las mujeres de los país de África subsahariana. Es cierto que el sistema patriarcal ha legado varias herencias de injusticia social, idéntica, a las mujeres de todo el planeta, sin embargo, se manifiestan de distintas formas en distintas condiciones según los valores socioculturales de cada comunidad o cada país. La dicotomía en los textos legales de protección de la mujer donde se distrae a la comunidad internacional admitiendo el concepto de la igualdad de género sin dejar atrás sus contras que están en los valores culturales, clarifica la dependencia política y social de los gobiernos de África subsahariana del occidente. África subsahariana no para y no se cansa de tirar cada semilla ofrecida de los países occidentales en sus terrenos de cultivo sin laborar y remover la tierra previamente para hacer brotar la semilla. Para implementar la justicia social en los países de África subsahariana hace falta su propio definir su propia metodología o metodologías y también si es necesario encontrar su propio concepto equivalente del término igualdad de género que sufra muchas criticas por tener sus origen en el occidente.
Este trabalho se propõe a analisar as representações de “África” presentes em processos de patrimonialização no Brasil de práticas corporais afro-brasileiras. Maior ênfase será dada aos processos de Registro do “Jongo no Sudeste”, do “Tambor de Crioula do Maranhão” e do duplo reconhecimento da Capoeira (“Ofício dos Mestres” e “Roda”). Estas três práticas foram patrimonializados em nível federal em 2005; 2007 e 2008, segundo ordem na qual foram citados anteriormente. Nos três casos, percebemos discussões sobre uma série de questões sobre expressões, técnicas de uso do corpo entre ritual, performance, dança e, no caso da Capoeira, esporte. Além disso, nota-se debates sobre as origens africanas destes bens culturais gerando conflitos entre versões sobre africanidades. Ainda, em alguns casos, apresentaram questionamentos sobre a partir de qual categoria essas expressões deveriam ser reconhecidas como patrimônio, afro-brasileiras ou brasileiras. Essa tentativa de reforçar as origens e vinculações da Capoeira, do Tambor de Crioula e do Jongo com percepções específicas do continente africano, em certa medida, o simplifica, deixando de lado a diversidade cultural presente na região. Nesse sentido, buscamos pensar como são elaboradas discursivamente percepções sobre África no processo de patrimonialização destes bens, bem como nos desdobramentos desta ação. Para além dessa questão, nesses processos existe uma série de disputas e, também nessa busca por uma ancestralidade e raiz africanas não há consenso, levando a um conjunto de conformações narrativas distintas com o objetivo de justificativa para as patrimonializações.
The emergence of Jamaican Dancehall Gospel (JDG) in 1997 was situated at the intersection of two cultures which have historically stood in opposition to each other since the time of slavery of Afro-descendants in Jamaica. Colonial idealism and mannerism, in speech and etiquette, has stood in opposition to the local, of which Jamaican patois is the dominant signifier. Although 141 years have passed since emancipation from slavery in 1883, the upper section Jamaican society maintain remnants of colonial attitudes to distinguish themselves from the masses who have continued to perpetuate and create the cultural identity which characterizes Jamaica with church music being a space of contestation. Hence, the musical canon of arias, cantatas, anthems, organ recitals, and hymns as staples in the ‘elite’ churches, contrast with “local” spirited handclapping of Pentecostals and Revivalists. JDG —which is mainly sung in Jamaican vernacular— has therefore been problematic for many in the church community, because it contradicts indoctrinated attitudes against elements of Jamaican culture that are stigmatized as being ‘low class’ and inappropriate. This opposition is the “ground” from which JDG emerged and thrived. This paper discusses the processes by which JDG overcame great resistance to find a place among the musical offerings of elite churches in Jamaica today. This examination of the gradual process of assimilating the vernacular into Jamaica’s elitist music canon presents an opportunity to identify and compare musical decolonizing processes in postcolonial contexts.
No pós-abolição, as distintas formas de associativismo negro, desdobram-se, contemporaneamente, nos movimentos negros, revelando a mobilização como legado histórico de enfrentamento às violências e destituições de direitos das populações negras egressas do cativeiro e seus descendentes.
Confrontando esse legado colonialista, reconhecendo a potência desses movimentos, assumido a memória como arena em disputa e a rua como lócus de revisão da história em perspectiva negra, objetiva-se compreender a plasticidade das lutas antirracistas, no pós-abolição, como forma de enfrentamento aos legados de escravização e suas marcas na nossa sociedade contemporânea. Para tal, pautando o direito à cidade e o direito à memória, através da educação patrimonial assumida como meio de valorização da herança cultural, investigar-se a atuação e as estratégias no campo da história pública e dos patrimônios empreendidas por Angana – Núcleo de Pesquisa e Educação Patrimonial em Territórios Negros de São Paulo.
O palmilhar desse percurso se justifica por trazer à tona outros contornos da mobilização social e política dos movimentos negros no campo da memória e do patrimônio.
Logo, ao revelar as estratégias de reescrita da existência negro paulistana, relido em perspectiva negra, o passado é alinhavando às inúmeras estratégias de resistência contemporânea para que não se perca o lastro ao qual se atrela o projeto da emancipação, gestando um devir equânime.