Haile Gerima, junto al pionero de los cines africanos, Ousmane Sembené, es el cineasta mas político y concienciado sobre el cine como arma para la transmisión ideológica. Gerima tiene, además, tiene una voluntad de historiador, de dejar y conferir memoria con sus textos cinematográficos, como un testimonio que oscila entre lo real y la reconstrucción ficcional: de ahí que sus textos cinematográficos basculen entre lo documental y la ficción, con obras surgidas de su propia imaginación, pero siempre dentro de un contexto histórico fuerte y definido; sea el período de la esclavitud en EE.UU. o el recorrido mental, emocional y político por la reciente historia de su país, como hace en su obra de referencia Teza, una de las películas más destacada de las realizadas en el continente africano.
Formado en Estados Unidos en la UCLA será uno de los principales promotores y estandartes del movimiento llamado L.A. Rebellion: un grupo de cineasta de origen afroamericano que tuvieron acceso, por primera vez, a las escuelas de cine. En esos primeros años se forja la conciencia política de Gerima, que abandonará su primera vocación, el teatro (animado por el ejemplo de su padre como dramaturgo), a cambio del cine; sin embargo la oralidad, fuente del teatro paterno, y las historias tradicionales tendrán siempre un reflejo que sustenta su cine.
Esa intertextualidad, esa mezcla de historia, oralidad y memoria, tendrá una perfecta muestra en su última obra hasta el momento, una película que enlaza con todo su imaginario, resumiéndolo: así en en Adwa – An African Victory, propondrá un recorrido documental por el devenir histórico de Etiopía, desde los tiempos antiguos hasta su independencia; algo que conecta su filmografía desde su primer documental, Mirt Sost Shi Amit, y que cierra un circulo discursivo en una obra de coherencia absoluta.
Esta investigación preliminar busca profundizar en la situación legal referida a los niños y niñas somalíes con un doble objetivo: atender a su evolución histórica en las tres constituciones que han existido en el país (1960, 1979 y 2012), así como los antecedentes bajo el gobierno italiano de Somalia (1950-1960), para realizar una comparativa en base al régimen de gobierno establecido. Igualmente, debido a que Somalia es un estado federal, y cada uno de ellos tiene su propia constitución, el segundo de los objetivos será investigar sobre las posibles diferencias a la hora de abordar el cuidado a la infancia en las regiones somalíes (Puntland, Jubaland, Somaliland…)
Este es un tema que no ha sido abordado en la bibliografía histórica. Aunque existen algunas investigaciones, estas se suelen centrar en el papel y cuidado de los niños y niñas frente a conflictos militares (Regilme y Spolmi, 2021), pero sobre todo en relación a los cuidados sanitarios de la infancia (Bentley, 1989; Kinyoki, 2017; Kamadjeu, 2015). Por ello, resulta fundamental ampliar el conocimiento sobre los derechos básicos de los más pequeños en Somalia, entender cómo han evolucionado y cuál es la situación actual en base a la legalidad. De esta manera podremos aproximarnos a comprender una parte de la justicia social en esta región del continente africano.
Ao longo das quatro últimas décadas, a crítica feminista e a crítica pós-colonial / decolonial desenvolveram propostas teóricas e trabalhos analíticos no âmbito dos estudos literários, que transformaram profundamente a compreensão das literaturas. Visaram, sobretudo, a ocupação do cânone e dos sistemas literários pela literatura de autoria feminina e do/a subalterno, a constituição de novos cânones, a análise crítica das representações das mulheres, de identidades sexuais dissidentes, bem como de personagens negras e indígenas. Procurou-se, igualmente, estabelecer o que seria “o sexo dos textos” e/ou “a raça dos textos”, interrogando os próprios conceitos de literatura feminina, literatura negra ou afrodescendente, literatura indígena.
Ao mesmo tempo, estas literaturas e seus autores/as desenvolviam estéticas e conceitos, muitas vezes com uma forte reflexão metaliterária, que mereceram grande fortuna crítica, devido à forma como punham e põem em causa normas ou tradições de entendimento da própria literatura. Um exemplo destacado é “Escrevivência” de Conceição Evaristo, bem como tantas outras propostas de “embodied writing”, ou seja, de uma escrita do corpo, própria de quem sofreu opressão e discriminação por causa de diferenças e hierarquias assentes na diferença física em relação à norma masculina e branca, que se apresenta como “transparente”, ou seja, sem a materialidade do corpo.
É chegado o momento de pensar as implicações de todos estes trabalhos na teoria literária, na conceção dos vários domínios dos estudos literários, na metodologia, bem como nos conceitos operativos e na terminologia da análise do texto literário – e, até, por que não, na própria conceção de literatura.
Assim, a presente comunicação pretende explorar implicações para a teoria da literatura e para a metodologia de análise literária contidas nas reflexões sobre a escrita de duas escritoras afrodiaspóricas, a partir dos seus ensaios, entrevistas, e da prática literária: Djaimilia Pereira de Almeida (Portugal) e Sharon Dodua Otoo (Alemanha).
No quadro do feminismo decolonial, pretendo fazer uma reflexão sobre a operacionalidade do pensamento categorial de base ocidental e da respetiva linguagem para a compreensão das subjetividades e das lutas das mulheres, partindo de contextos africanos, em particular da África Ocidental. Trata-se de pensar a relação (im)possível entre as categorias que a teoria e a prática académica de base ocidental desenvolvem e as mulheres reais e o papel das histórias nesta equação. Se o género e o decolonial são instrumentos de desconstrução de sistemas de opressão e violência, o que sobra das mulheres concretas no final do processo de desdobramento teórico? Se a interseccionalidade surge como modo de ampliar o reconhecimento das opressões, o que se ganha ou perde no cruzamento das mesmas? O que cai no poço (sem fundo?) das categorias?
Na perspetiva inversa, que desafios colocam à teoria feminista e aos aparelhos teórico-metodológicos de diferentes disciplinas as “escrevivências” (Conceição Evaristo) das mulheres e as formas e linguagens com que as subalternas falam? A esta e a outras perguntas ensaiarei tentativas de respostas, ou talvez a mera abertura de perplexidades para uma ampla discussão, com base em entrevistas realizadas com feministas do movimento Yewu Yewi – Para a Libertação das Mulheres, que se desenvolveu nos anos 1980 no Senegal, bem como em histórias contemporâneas de mulheres africanas, articulando testemunho e ficção.
Twenty years of civil-war in Angola left the country in ruins, with millions dislocated and hundreds of thousands deceased. After the war, and with UNITA disoriented and disorganised, the MPLA spread its influence to the entirety of the country, something it had never been able to do since independence in 1975. Those twenty years of war allowed the MPLA to initiate processes of state-building that were more defining of the character of the state than any other processes initiated immediately after independence. And as agreed by virtually all researchers who research Angola, in doing so it constituted an autocratic regime leaning upon the country’s natural resources to fund a powerful security and defence apparatus. This move allowed its elites to capture what essentially became a rentier-state while excluding the overwhelmingly majority of citizens from its profits. But while research on the MPLA government’s selective management of citizenship rights is not new, there has been little research on the ideas of its political opposition – UNITA – to solve Angola’s citizenship woes. This communication reads UNITA’s solutions to solve the issues affecting the quality of citizenship in Angola by analysing the electoral programs for the 2017 and 2022 elections. The paper reflects upon the critical question of whether a change in regime – in favour of UNITA – would shift the contextual and quotidian difficulties of Angolan citizens. It firstly identifies the main concerns regarding access to citizenship rights in order to analyse UNITA’s policy solutions to ascertain whether regime change is the key to solve the social, political and economic problems that have so far impeded the development of democratic forms of citizenship.