As encantarias montaram corte em São Paulo: um estudo sobre o processo migratório dos encantados do Pará a São Paulo

Este estudo tem por objetivo apresentar uma categoria de entidades denominadas "encantados", que não passaram pelo processo de morte, se "encantaram" sendo popularmente cultuadas no tambor de mina, religião de matriz africana tradicional do Maranhão e do Pará. O foco da pesquisa encontra-se no estudo de três terreiros localizados na cidade de São Paulo onde o culto dos encantados foi trazido pelo paraense Francelino de Shapanan e implantado na capital. Os terreiros escolhidos para este trabalho são: Casa das Minas de Thoya Jarina, que pertencia ao Pai Francelino e foi herdado por Marcio Adriano. O Kwê Mina Odan Axé Boço Dá-Hô, liderado por Sandra de Xadantã e o Bou Hot Mina Jeje Nagô liderado por Leonardo Doçu. Estas três lideranças são os descentes diretos de Francelino de Shapanan. Dentro deste estudo buscou-se compreender o processo de migração destas entidades de um contexto amazônico para a cidade de São Paulo, uma metrópole no sudeste do Brasil com uma dinâmica cultural e religiosa completamente diferente no qual prevalecem os terreiros de candomblé, sobretudo ketu. Com isso, o tambor de mina se estabelece em São Paulo trazendo elementos da cultura paraense e sua categoria de entidades que transitam e "brincam" com categorias como vida e morte, tempo e espaço geográfico. Além da não morte, eles possuem um passado distante mas estão vivos no nosso tempo e transitam em nosso espaço através da incorporação em seus "cavalos", como são denominados os médiuns que os recebem, e sua morada não possui localidade exata, tendo como princípio ser "acima das nuvens e abaixo dos céus". Com isso, os encantados ainda trazem a principal característica da ancestralidade africana: o princípio da continuidade ultrapassando até mesmo os limites da morte.

Mouvements djihadistes au Sahel : Enjeux géopolitiques et économiques

Les Etas du Sahel font face depuis plus d’une dizaine d’années à une menace sécuritaire liées à l'activité des groupes terroristes et autres groupes paramilitaires opérant de manière transfrontalière. Tirant parti des tensions intercommunautaires et de la porosité des frontières, ces groupes se déplacent librement pour mener des attaques contre les populations mais aussi contre les forces de défense et de sécurité. Malgré les efforts des Etats pour endiguer l’insécurité, la mobilité transfrontalière reste un enjeu de survie pour ces groupes affiliés aux sociétés paramilitaires, à Al-Qaïda et à l'État Islamique au Grand Sahara. La dynamique territoriale en cours et l’avènement de l’Alliance des Etats du Sahel (AES) , composée du Burkina Faso du Mali et du Niger, amène donc à interroger les enjeux géopolitiques et économiques de cet espace quand on sait que ces groupes terroristes et les groupes paramilitaires se battent pour le contrôle des sites d’exploitation d’or et autres matières premières stratégiques. S’appuyant sur les ressources documentaires et les données de terrain, cet article analyse les reconfigurations territoriales en cours au Sahel ainsi que les enjeux géopolitiques et économiques liés à la mobilité transfrontalière des groupes djihadistes et groupes paramilitaires dans l’espace AES.

Religiosidade Afro-brasileira e sua sobrevivência a duras penas

Projeto que reconhece os Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Itabuna, proporciona a Lideres religiosos da cidade a oportunidade de poder voltar a sonhar com um tempo sem racismo preconceito e sem depredação de seus espaços sagrados.
Hoje os terreiros de religiões de Matriz africanas da cidade são reconhecidos como patrimônio artístico cultural imaterial da cidade aprovado por unanimidade pelos vereadores da cidade. Apresentado Pelo Setorial de Cultura Afro-brasileira, uma garantia de oportunidade de poder concorrer a editais culturais como lei Rouanet, Paulo Gustavo, Aldir Blanc e outros, de forma exclusiva, o que antes era impossível, pois na cidade o cadastro cultural não fazia distinção entre agente cultural e Cultura Religiosa, logo as terreiros e suas comunidades disputavam editais com cantores, atores, artesãos e outros.
A marginalização desses povos vem ao longo de séculos carecendo de atenção de diversos atores da sociedade, politicas públicas de diferentes atores da sociedade perpassa por entender qual a real necessidade desses grupos e é por isso que a maior causa da marginalização desses grupos em nosso pais ainda é a falta de conhecimento deles, a sub notificação e sensos mal executado não são capazes de determinar a real dimensão de necessidades desse grupos, que muitas das vezes são tratados como igual. E na verdade cada grupo religioso desse tem suas particularidades.
Hoje o maior entrave e causa de sofrimento desses grupos e a falta de conhecimentos mínimos da "Cultura Afro-brasileira" e sua contribuição para toda cultura do país, são 20 anos da lei 10.639/2003, Decreto Federal 6040/2007 da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades não apresentou nenhum efeito significativo na prática.
A Patrimonização desse espaços e a presença de Universidades nessa discussão ajudará em muito o entendimento e a redução dessa marginalização cultural que sobrevivência a duras penas esses povos.

Padre Dionísio de Faria Barreto: De Matamba a Portugal: o protagonismo do clero nativo no século XVII.

Dionísio Faria Barreto, um padre africano que aparece com certa frequência na documentação sobre a história do Kongo e de Angola, segundo consta, era natural de Matamba. O eclesiástico foi um agente da Igreja Católica na região que teve uma grande circulação entre o “mundo” europeu e africano, tendo amiúde o seu papel como intérprete e emissário muito evidenciado. Após o período de uma “guerra injusta” deliberada pelo então governador de Luanda, Luiz Mendes de Vasconcellos (1617-1621), o seu sucessor João Correia de Souza (1621-1623) enviou Dionísio Faria Barreto junto a Manoel Dias a fim de negociar com o rei do Ndongo Ngola a Mbande a soltura de suas irmãs: Nzinga, Cambo e Quifunge e propor que o Ngola abraçasse o catolicismo, trazendo a paz e boas amizades que não se concretizou devido ao abandono do governador Correia de Souza do cargo. Vale destacar que o padre foi desprezado pelo Ngola por ser filho de uma escrava, elogiado pelo governador Fernão de Souza (1624-1630): “theologo de profissão, filho da terra, mas exemplar, e de boas partes, e foy já prouisor e vigario geral, e governador do bispado sendo bispo Dom Frey Manoel Baptista” (BAL 20 f.375 v). E apesar desta estima que o vigário gozava, foi preso e enviado em 1625 para Portugal pelo Padre Bento Ferraz, que foi um forte opositor do governador Fernão Souza. O que será que aconteceu com Dionísio Faria Barreto em Portugal? Qual teria sido o delito do padre? E como sua “raça” foi mobilizada na função sua função como mediador? A proposta desta apresentação é tirar o padre das notas de rodapé e colocá-lo como um possível protagonista deste clero nativo que foi primordial para as pretensões políticas, tanto das autoridades portuguesas como das autoridades autóctones.

PRESENTE Y FUTURO DECOLONIAL: RETOS Y SOMBRAS.

1.- Conceptualización. Se pretende determinar el contenido del término, Decolonial, partiendo de la literalidad y, analizando su posible origen.

2.- Contextualización.
Dotado el término de contenido, sería menester analizar el contexto merecedor o destinatario de la decolonización.
Geográfico,
Histórico y,
Humano.

3.- Análisis. Posibles secuelas y patologías resultantes del Contexto.
Debemos realizar este análisis, con el objetivo de, al menos, aproximar un diagnóstico que, en su caso, nos permita obtener una consciencia de la posible gravedad del enfermo/a, a decolonizar.

4.- Retos y Sombras.
Retos: alusión a las dificultades que habría que enfrentar al tratar de superar, en su caso, la gravedad de la enfermedad, secuelas y patologías, diagnosticadas, con carácter previo a encauzar el objetivo decolonial.
Sombras: referencia a la constatación y exposición de los intereses, o contextos, activos, que explicarían la pertinencia de la decolonización y, se ha de, en consecuencia, presumir, se mostrarían reacios a la misma.

BREVE RESEÑA BIBLIOGRÁFICA:

Africa must unite: Kwame Nkrumah;
Sobre las ruinas de la República de Ghana: Eugenio Nkogo Ondó.
Historia y tragedia de Guinea Ecuatorial; Donato Ndongo Bidyogo.
El metro: Donato Ndongo Bidyogo.
Panga Rilene: Juan Tomás Ávila Laurel.
Vint-i-cinc anys de refugiats a Catalunya: Antoni María Luch Rovira