El Conocimiento Ecológico Tradicional representa una importante fuente de soluciones adaptativas para diversas condiciones ambientales y climáticas. En el presente estudio, ponemos el foco en las interacciones entre las comunidades humanas y el medio ambiente en zonas áridas a lo largo del tiempo, concentrándonos en los sistemas agro-ecológicos de la región de Tigrai, en el norte de Etiopía. En concreto, centramos nuestra atención en la historia del cultivo tradicional de cereales africanos C₄ como el mijo dedo y el sorgo desde el surgimiento de la agricultura en la región durante el periodo Pre-Aksumita (ca. 3500 BP). Para ello, se emplea una metodología que integra múltiples líneas de evidencia, incluyendo los análisis microbotánicos, la etnoarqueología y la modelización ecológica. Los resultados del presente trabajo indican que los sistemas agro-ecológicos tradicionales en la región del Cuerno de África, en su mayoría basados en el cultivo de secano de gramíneas anuales, se establecieron hace más de 3,500 años. Estos datos destacan la resiliencia y sostenibilidad a largo plazo de las prácticas agrícolas tradicionales estudiadas, señalando su potencial a la hora de desarrollar nuevas estrategias adaptativas para enfrentar la actual crisis climática.
En el presente trabajo nos proponemos examinar la trayectoria vital, racial y social del maestro afroargentino Patricio del Sacramento y su grupo familiar, conociendo a través de ella las condiciones de posibilidad que favorecieron a la movilidad social de esta familia afrodescendiente, cuyos ancestros fueron esclavos de la Iglesia Matriz. Durante el proceso de pasaje social, desarrollaron diferentes trabajos y estrategias de emparentamiento espiritual, canalizadas por el padrinazgo sacramental, estableciendo alianzas significativas con vecinos del patriciado y otras familias de origen africano, siendo factores coadyuvantes de su reconvertido estatus adquirido.
A partir de esta reconfiguración biográfica, exploramos las mentalidades y el funcionamiento social en La Rioja de entre siglos. Los imperativos de segregación, discriminación y marginalidad continúan sedimentados en jerarquías con base a la raza, la clase y el género. Aun así, observamos distintos mecanismos de agenciamiento de sujetos racializados, que pretenden emerger mediante la consolidación de redes afro diaspóricas en una estructura histórico-social marcadamente pigmentocrática.
Ao debruçarmos sobre os movimentos contemporâneos de descolonização das ideias e escritas pós-coloniais, verificaremos um forte traço político e ideológico, principalmente nos trabalhos escritos e publicados pelos intelectuais afro-americanos e africanos. Traços esses que marcaram toda a geração de pesquisadores africanos e africanas, no século XX e XXI, que tentaram buscar estabelecer um distanciamento epistemológico entre os estudos africanos, que priorizam uma epistemologia voltada para os valores africanos, e eurocêntricos, que priorizam uma epistemologia voltada para os valores europeus. Tal distanciamento tornou-se a base para o fomento e promoção dos cursos e cadeiras acadêmicas específicas dentro dos centros de ensino superior das academias norte-americanas e europeias. Destarte, o objetivo da presente comunicação é apresentar e debater principais ideias dos intelectuais africanos intelectuais, movimentos culturais africanos, das lutas por reconhecimento intelectual relacionando, manifestações identidades artísticas e sociais distintas com os contextos políticos em que elas foram produzidas.
A intolerância religiosa é um dos maiores desafios sociais e políticos na contemporaneidade. No momento atual assistimos uma grande discussão, nos vários nichos sociais, sobre a intolerância religiosa no país. Tal fenômeno vem acompanhado de um crescimento dos grupos neopentecostais, que têm ocupado diferentes esferas políticas, sociais e econômicas, e com isto têm propagado os seus discursos intolerantes, cujos principais alvos são os adeptos das religiões de matriz africana. Fruto do desenvolvimento da ideologia racista, fomentada entre os séculos XVII e XIX, a intolerância religiosa serviu para justificar a dominação e a colonização das populações negras em África, o traslado e a escravidão dos mesmos nas Américas, principalmente no Brasil. Igualmente é também objetivo desta cominação analisar os processos de marginalização social e política desses sujeitos enquanto subalternizados. Deste modo, para recompor e estruturar as nossas análises, também é anseio dessa proposta de comunicação é evidenciar os marcos históricos relevantes desse processo até o acontecer da I Caminhada em defesa da Liberdade Religiosa, realizada em 2008, na cidade do Rio de Janeiro, bem como a sua comparação com Marcha para Jesus, realizada no mesmo ano.
Nascido em 21 de julho de 1922, na aldeia de Toma, localizada no Noroeste do Alto Volta, atual Burkina Faso, que era então uma das colônias francesas da África Ocidental – é considerado um dos maiores intelectuais e historiadores africanos do século XX. Sua trajetória se desenvolve entre o ativismo acadêmico em prol da reescrita da História da África, os processos de colonização dos países africanos e as lutas pela libertação política. Ligado aos movimentos panafricanistas no pós-independência, sua trajetória dá o tom de boa parte dos trabalhos em âmbito acadêmico que buscam analisar o seu legado intelectual. Entretanto, as pistas e os rastros de sua luta anticolonial nos seios da Igreja Católica ainda são desconhecidos dentro da academia brasileira. Os silenciamentos históricos e os não-ditos sobre a sua relação com essa instituição religiosa contribuíram, de forma significativa, para a construção e a evidenciação de interpretações e narrativas monoculares, um rosto, por assim dizer, que não nos permite vislumbrar e compreender pontos significativos de sua formação intelectual. Extremante conectado com a trajetória de seu pai, o catequista Alfred Simon Diban Ki-Zerbo, considerado o primeiro convertido cristão do Alto Volta, e profundamente inserido nas ações políticas e sociais do chamado “Ano Africano” e pela Ação Católica, Ki-Zerbo buscou construir e conciliar as suas lutas políticas e intelectuais mesclando as influências e as referências que marcaram profundamente a sua trajetória. Destarte, a presente comunicação tem por objetivo analisar e evidenciar a trajetória intelectual do professor entre o seu ativismo leigo católico e as suas lutas contra os processos coloniais no continente africano, bem como evidenciar os contextos históricos que vivenciou e promoveu com a sua luta política contra os governos militares, direcionando o seu engajamento para uma educação descolonizada, voltada para os princípios tradicionais africanos.