A intolerância religiosa é um dos maiores desafios sociais e políticos na contemporaneidade. No momento atual assistimos uma grande discussão, nos vários nichos sociais, sobre a intolerância religiosa no país. Tal fenômeno vem acompanhado de um crescimento dos grupos neopentecostais, que têm ocupado diferentes esferas políticas, sociais e econômicas, e com isto têm propagado os seus discursos intolerantes, cujos principais alvos são os adeptos das religiões de matriz africana. Fruto do desenvolvimento da ideologia racista, fomentada entre os séculos XVII e XIX, a intolerância religiosa serviu para justificar a dominação e a colonização das populações negras em África, o traslado e a escravidão dos mesmos nas Américas, principalmente no Brasil. Igualmente é também objetivo desta cominação analisar os processos de marginalização social e política desses sujeitos enquanto subalternizados. Deste modo, para recompor e estruturar as nossas análises, também é anseio dessa proposta de comunicação é evidenciar os marcos históricos relevantes desse processo até o acontecer da I Caminhada em defesa da Liberdade Religiosa, realizada em 2008, na cidade do Rio de Janeiro, bem como a sua comparação com Marcha para Jesus, realizada no mesmo ano.
Intolerância Religiosa no Brasil contra Religiosos(as) de Matrizes Africanas
Carlos Alberto Ivanir dos Santos
Mariana Gino